BENEFÍCIOS DA HIPOTERMIA TERAPÊUTICA EM PACIENTES PÓS-PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) PARA EVITAR COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS

  • Autor
  • Vanessa Rayane Portela dos Santos
  • Co-autores
  • Vitor Silva Maia , Karolyne de Sousa Oliveira , Suziane Carvalho de Oliveira
  • Resumo
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    Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração, causando danos em todo o organismo, principalmente ao cérebro, devido a isquemia cerebral difusa relacionada ao hipofluxo cerebral, que frequentemente leva à injúria neurológica grave e ao desenvolvimento de estado vegetativo persistente. Essa é uma condição crítica que frequentemente resulta em graves lesões neurológicas. Nesse cenário, a hipotermia terapêutica (HT) tem se mostrado eficaz na redução dos danos cerebrais, sendo uma importante estratégia para preservar a função neurológica e melhorar o prognóstico de pacientes comatosos após a reanimação. Objetivos: Analisar os benefícios da hipotermia terapêutica no período pós-parada cardiorrespiratória, com foco no controle e na prevenção de complicações neurológicas. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. O estudo foi realizado nas bases de dados SciELO e LILACS, por meio da BVS, e em periódicos RECIEN, FOCO e Gestão e Saúde, utilizando os seguintes descritores: Hipotermia Induzida; Parada Cardíaca e Reanimação Cardiopulmonar. Inicialmente, foram selecionados 10 artigos para leitura completa, sendo 6 incluídos para análise. Os critérios de inclusão foram artigos em português, publicados entre 2010 e 2024, sendo essa pesquisa conduzida em maio de 2025. Resultados: A análise dos 6 artigos evidenciou que a hipotermia terapêutica apresenta benefícios significativos na recuperação neurológica de pacientes comatosos após a parada cardiorrespiratória, visto que em todos os estudos incluídos, a aplicação da HT esteve associada à redução do metabolismo cerebral, diminuição da resposta inflamatória e menor incidência de lesões neurológicas graves. Somado a isso, observou-se melhora nos desfechos clínicos, com aumento da taxa de sobrevida com função neurológica preservada, bem como os protocolos variaram quanto à temperatura alvo (geralmente entre 32°C e 34°C) e ao tempo de indução e manutenção da hipotermia, mas, de forma geral, os artigos reforçam a importância da padronização e do manejo adequado para maximizar os benefícios da técnica. Conclusão: Diante do exposto, fica evidente que a hipotermia terapêutica (HT) desempenha um papel essencial na preservação da função neurológica e na melhoria do prognóstico de pacientes comatosos após a parada cardiorrespiratória, tendo em vista que sua aplicação sistemática pode reduzir significativamente os danos cerebrais decorrentes da isquemia cerebral difusa, minimizando complicações neurológicas graves e aumentando as chances de recuperação. Dessa forma, a HT torna-se um método efetivo e promissor no manejo desses pacientes, de modo que é necessário que haja protocolos bem estabelecidos e técnicas adequadas a fim de garantir seus benefícios. Ademais, destaca-se a importância da continuidade de pesquisas que aprofundem o conhecimento sobre essa temática com o intuito de aperfeiçoar a metodologia utilizada envolvendo a indução, o controle da temperatura e a manutenção da hipotermia, possibilitando avanços no tratamento e na qualidade de vida dos pacientes que passam por esse quadro crítico.

     

    Referências:

    FERREIRA, Mateus de Oliveira et al. A importância da enfermagem na identificação da violência contra crianças e adolescentes: revisão integrativa. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, Salvador, v. 24, e054265, 2023. Disponível em: https://rbspa.emnuvens.com.br/rbspa/article/view/54265. Acesso em: 5 maio 2025.

     

     

  • Palavras-chave
  • Hipotermia Induzida. Parada Cardíaca. Reanimação Cardiopulmonar.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Enfermagem em Situações de Urgência e Emergência: Novas práticas e protocolos de enfermagem em atendimentos de emergência e catástrofes.
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Comissão Organizadora

Jonathan Wedson da Silva
Vanessa Rayane
Vitor Silva Maia

Comissão Científica

Fernanda Claudia Miranda Amorim